29 de abril de 2024

Livro Os sete maridos de Evelyn Hugo


Um livro ideal para nós que enfrentamos a vida adulta, quer sendo jovem-adulto ou mais velho. Todos pensam ou já pensaram sobre casamento, quer seja o seu ou o dos outros. Evelyn passou por sete casamentos e todos tem lições interessantes a ensinar sobre relacionamentos e vida.

Utilização da midia para cumprir objetivos pessoais

É muito bem retratado no livro que muitas vezes o que você vê nos sites de fofocas e notícias sobre os famosos pode ser bem fabricado e cumprir outros interesses sem mostrar a realidade - Acho muito interessante essa questão abordada no livro.

Todos tem defeitos: Você pode ser bom e também ser ruim

Muito interessante a explicação sobre como todos podem ter dois lados: bons ou ruins. Ninguém é perfeito, nem mesmo os famosos que são tão admirados por fãs e pessoas que acompanham suas vidas. A mesma pessoa pode ser muito maravilhosa para uma e ao mesmo tempo ser uma pessoa ruim para outra. Algumas decisões normalmente vistas como desonestas ou ruins, podem ser explicadas com o motivo de terem sido feitas por amor, por um interesse maior. Isso é bem exemplificado no livro, e essa questão filosófica de eras fica na mente do leitor.

Plots

Quem não gosta de um bom plot twist, não é mesmo? A vida bem movimentada de Evelyn Hugo tem bastante revelações e acontecimentos atípicos e interessantes que fazem a leitura ser bem envolvente. Sempre há uma revelação ou um evento inexperado acontecendo.

Personalidade de Evelyn hugo

Uma das coisas mais fascinantes no livro é a marcante personalidade de Evelyn Hugo. Uma artista que pode inspirar respeito, admiração, garra, ódio, amor, compaixão, pena e muitos outros sentimentos.

É uma personagem complicada, nada simples nem previsível. Uma pessoa decidida a sempre cumprir seus objetivos mesmo que tenha que fazer coisas nada fáceis ou moralmente simples de serem julgadas. Talvez conheça alguém assim.

A escrita do livro é bem envolvente, linguagem bem atual e fácil de entender.


Frases do livro

"Minha mãe me ensinou a ser educada, a ser contida. Sempre me guiei pelo princípio de que a subserviência é um requisito da civilidade. Mas esse tipo de postura não me levou muito longe. O mundo prefere respeitar as pessoas que querem dominá-lo." P. 12

"Não me arrependo das mentiras que contei, ou de ter magoado as pessoas. Aceito o fato de que às vezes fazer a coisa certa obriga a gente a pegar pesado. E tenho compaixão por mim mesma. E acredito em mim." P. 27

"Quando surge uma oportunidade para mudar sua vida, esteja pronta para fazer o que for preciso. O mundo não dá nada de graça para ninguém, só tira de você." P. 36

"As vezes a realidade desaba sobre nós. Mas às vezes se põe a esperar pacientemente até a gente gastar todas as energias e não ter mais forças para negá-la." P. 127

"E eu gostaria que o mundo fosse como você vê. Gostaria que o resto das pessoas com quem dividimos o planeta correspondesse às suas expectativas. Mas elas não estão à altura. O mundo é cruel, e ninguém está disposto a estender a mão a ninguém." P. 163

"… passei a acreditar que amizades podem estar escritas nas estrelas." P. 231

"Sempre achei fascinante a maneira como as coisas podem ser simultaneamente verdadeiras e falsas, como o mesmo indivíduo pode ser bom e ruim, como alguém pode amar de uma forma linda e altruísta e ainda assim ser implacável na hora de arrancar o que quer da pessoa amada." P. 234

"Porque até este momento eu não percebi que tenho um problema de autoconfiança? Que a fonte de todos os meus problemas é que não confio em mim mesma a ponto de mandar os outros à merda?" P. 264

"Porque o mais provável, em um caso traumatizante, é que o cérebro não registre muitas lembranças. É como se existisse uma câmera posicionada, mas sem ninguém para filmar. Então mais tarde, quando você vai assistir a fita, percebe que está em branco." P. 303

"Acho que o que estou querendo dizer é que nem tudo depende da sorte. Além de ter sorte, é preciso saber ser filho da puta." P. 307

"Não existem vítimas nem vitoriosos. Todo mundo ganha por um lado e perde por outro. Quem insiste em se retratar como uma coisa ou outra não está só enganando a si mesmo, também está se colocando num papel que chega a ser ridículo de tão clichê." P. 337

Bifobia e homofobia aqui não!

Gostei muito de como é tratado o assunto da sexualidade no livro. A bissexualidade é bem explicada e também tratada de forma bonita. Também fala da amizade de Evelyn com Harry, que eu admiro muito. Relacionamentos homoafetivos bem retratados, mostrando a dificuldade que pessoas LGBTQIA+ enfrentam, seus monstros internos, inseguranças e o que outros pensam sobre eles, a mídia por exemplo.

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